Japão deixará de divulgar número de casos de Covid-19 diariamente

O governo irá mudar para um esquema semanal igual ao da influenza

O governo japonês decidiu mudar a maneira de monitorar e divulgar o número de casos de Covid-19 após o rebaixamento da doença para a categoria 5, a mesma da influenza, de acordo com a lei de doenças infecciosas, informou a emissora NHK nesta quarta-feira (12).

Em vez de coletar e publicar os dados diariamente, o Ministério da Saúde mudará para um esquema semanal chamado de “monitoramento em pontos fixos”. As informações serão coletadas por cerca de 5.000 instituições médicas em todo o país.

O novo método será semelhante ao usado para monitorar a influenza. As instituições médicas enviarão relatórios semanais com informações sobre o número de casos, entre outros detalhes.

O número de mortes, por sua vez, será acompanhado com base nas estatísticas populacionais e o registro detalhado das causas será divulgado após cinco meses. Para aprimorar a eficiência da coleta de dados, alguns governos locais irão colaborar com o Ministério da Saúde para coletar informações sobre o número de mortes em suas áreas em um período de um mês.

O Ministério da Saúde planeja implementar essas mudanças em 8 de maio, data em que a Covid-19 passa para a categoria 5, embora a decisão final ainda dependa da aprovação de seus conselheiros especializados.

Atualmente, todas as cidades e províncias do Japão relatam diariamente os casos de Covid-19 e as mortes causadas pela doença, um trabalho enorme que exige a mobilização de um grande número de funcionários.

O Japão registrou 10.176 novos casos de Covid-19 nesta quarta-feira, passando de 10.000 pela primeira vez desde 8 de março, indicando uma tendência de aumento nas infecções. Além disso, 32 pessoas morreram e 63 pacientes estão internados em situação extremamente grave.
Fonte: Alternativa

Japão completa três anos desde o primeiro caso de infecção por coronavírus

País passa pela oitava onda de infecções em meio a relaxamento de medidas preventivas

No último domingo (15), completaram-se três anos desde que o Japão detectou seu primeiro caso de infecção por coronavírus. Segundo o Ministério da Saúde do país, desde então foram cerca de 31 milhões de infecções e 62 mil mortes decorrentes da covid-19, publicou o site da NHK nesta segunda-feira (16).

O número de casos diários teve um pico em 2022 devido a variante Omicron, uma das mais infecciosas. Foram mais de 27 milhões de caso no ano passado e 39 mil mortes. Os números foram, respectivamente, cerca de 18 e 2,6 vezes superiores em comparação a 2021.

No entanto, diferentemente do ocorrido em ocasiões anteriores, desde a sétima onda de infecções, ocorrida no verão de 2022, o governo não declara um estado de emergência ou pede para as pessoas limitarem suas atividades.

Ao invés disso, encurtou os períodos de isolamento para aqueles que testaram positivo e abrandou os controles de fronteira nos aeroportos.

Em relação à vacinação, dados divulgados no dia 13 de janeiro mostram que, enquanto mais de 80% da população (cerca de 103 milhões de pessoas) tomou as duas primeiras doses, 67,8% tomou a terceira, de reforço. Já a quarta dose foi aplicada em 55,7 milhões de pessoas enquanto a quinta dose em 25 milhões.

O Ministério da Saúde agora está discutindo se deve reduzir o status legal da infecção para a mesma categoria da gripe sazonal. Atualmente, os pacientes com covid-19 só podem ser hospitalizados em instalações designadas para a doença. Caso a mudança ocorra, hospitais comuns poderão admiti-los.

Porém, ainda parece não haver um fim à vista para a pandemia. As infecções se espalharam mais rapidamente durante a atual oitava onda em relação à anterior e o número diário de mortes também estabeleceu novos recordes nos últimos dias.
Fonte: Alternativa

Japão reabre as portas para turistas em meio à falta de trabalhadores em hotéis

Quase 73% das acomodações em todo o país disseram que estavam com falta de mão de obra regular

Enquanto o Japão reabre suas portas para visitantes estrangeiros nesta semana após mais de dois anos de isolamento devido à pandemia do coronavírus, as esperanças de um boom do turismo enfrentam ventos contrários em meio a lojas fechadas e falta de funcionários em hotéis.

A partir de terça-feira (11), o Japão restabelecerá as viagens sem visto para dezenas de países, encerrando alguns dos controles de fronteira mais rígidos do mundo para combater a propagação da Covid-19. O primeiro-ministro Fumio Kishida está contando com o turismo para ajudar a revigorar a economia e colher alguns benefícios da queda do iene para uma baixa de 24 anos.

Arata Sawa está entre os ansiosos pelo retorno dos turistas estrangeiros, que antes compunham até 90% dos hóspedes de sua tradicional pousada.

“Espero que muitos estrangeiros venham ao Japão, assim como antes da pandemia”, disse Sawa, proprietário de terceira geração do hotel tradicional japonês Sawanoya, em Tóquio.

Pouco mais de meio milhão de visitantes chegaram ao Japão até agora em 2022, em comparação com um recorde de 31,8 milhões em 2019. O governo tinha uma meta de 40 milhões em 2020, sincronizada com os Jogos Olímpicos, até que ambos fossem derrubados pelo coronavírus.

Kishida disse na semana passada que o governo pretende atrair ¥5 trilhões (US$ 34,5 bilhões) em gastos turísticos anuais. Mas essa meta pode ser muito ambiciosa para um setor que se atrofiou durante a pandemia. O emprego em hotéis caiu 22% entre 2019 e 2021, segundo dados do governo.

Os gastos de visitantes estrangeiros atingirão apenas ¥2,1 trilhões até 2023 e não excederão os níveis pré-Covid até 2025, escreveu o economista do Nomura Research Institute, Takahide Kiuchi, em um relatório.

A companhia aérea Japan Airlines (JAL) viu as reservas de entrada triplicarem desde o anúncio da flexibilização da fronteira, disse o presidente Yuji Akasaka na semana passada, segundo o jornal Nikkei. Mesmo assim, a demanda por viagens internacionais não se recuperará totalmente até 2025, acrescentou.

Cidade fantasma
O Aeroporto de Narita (Chiba), a maior porta de entrada do Japão, a cerca de 70 quilômetros de Tóquio, permanece assustadoramente silencioso, com cerca de metade de suas 260 lojas e restaurantes fechados.

“É como uma cidade fantasma”, disse Maria Satherley, de 70 anos, da Nova Zelândia, apontando para a área de embarque do Terminal 1.

Satherley, cujo filho mora em Hokkaido, disse que gostaria de voltar com a neta neste inverno, mas provavelmente não o fará porque a criança é muito jovem para ser vacinada, um pré-requisito para turistas que entram no Japão.

“Vamos esperar até o ano que vem”, disse ela.

A Amina Collection fechou suas três lojas de souvenirs em Narita e não deve reabri-las até a próxima primavera, disse o presidente Sawato Shindo.

A empresa realocou funcionários e suprimentos do aeroporto para outros locais em sua rede de 120 lojas no Japão, ao se concentrar no turismo doméstico durante a pandemia.

“Não acho que haverá um retorno repentino à situação pré-pandemia”, disse Shindo. “As restrições ainda são bastante rígidas em comparação com outros países.”

O Japão ainda incentiva fortemente que as pessoas usem máscaras em ambientes fechados e evitem falar alto. O Gabinete aprovou na sexta-feira a alteração dos regulamentos para que os hotéis possam recusar hóspedes que não obedecem aos controles de infecção durante um surto.

Muitos trabalhadores do setor hoteleiro encontraram melhores condições de emprego e salários em outras áreas nos últimos dois anos, então atraí-los de volta pode ser difícil, disse um consultor de empresas de turismo que pediu para não ser identificado.

“O setor hoteleiro é muito famoso pelos baixos salários, então se o governo valoriza o turismo como uma indústria chave, provavelmente é necessário apoio financeiro ou subsídios”, acrescentou.

O governo japonês está iniciando uma iniciativa de viagens dentro do país este mês que oferece descontos em transporte e acomodação, semelhante à campanha Go To Travel em 2020, que foi interrompida após um aumento nas infecções por Covid-19.

Mercado de trabalho apertado
Quase 73% dos hotéis em todo o país disseram que estavam com falta de trabalhadores regulares em agosto, acima dos 27% do ano anterior, segundo a empresa de pesquisa de mercado Teikoku Databank.

Em Kawaguchiko (Yamanashi), uma cidade perto do Monte Fuji, as pousadas tinham dificuldade em contratar funcionários antes da pandemia em meio ao mercado de trabalho apertado do Japão e prevêem um gargalo semelhante agora, disse um representante de um grupo comercial da cidade que pediu para não ser identificado.

Esse sentimento foi ecoado por Akihisa Inaba, gerente geral do resort de águas termais Yokikan, em Shizuoka. Ele disse que a falta de pessoal durante o verão significava que os trabalhadores teriam que renunciar ao tempo livre.

“Naturalmente, a escassez de mão de obra se tornará mais visível quando as viagens de entrada retornarem”, disse Inaba. “Então, eu não estou tão certo de que podemos ficar muito felizes.”

Outra preocupação é se os visitantes estrangeiros usarão máscaras faciais e cumprirão outros controles de infecção comuns no Japão. Os rígidos controles de fronteira foram amplamente populares durante a maior parte da pandemia, e permanecem os temores sobre o aparecimento de novas variantes virais.

“Desde o início da pandemia até agora, tivemos apenas alguns convidados estrangeiros”, disse Sawa. “Praticamente todos usavam máscaras, mas não tenho certeza se as pessoas que visitarem daqui em diante farão o mesmo”.

“Meu plano é pedir gentilmente que usem uma máscara enquanto estiverem dentro da pousada”, acrescentou.
Fonte: Alternativa com Reuters

Governo desativará app COCOA de rastreamento de contato da covid-19

O governo aposentará seu app de rastreamento de contato da covid-19 em linha com o fim de comunicação detalhada de todos os casos de coronavírus no país

O ministro da Transformação, Taro Kono, disse na terça-feira (13) que o governo japonês aposentará seu app de rastreamento de contato da covid-19, em linha com o fim de comunicação detalhada de todos os casos de covid-19 no país.

O governo anunciará depois um cronograma para suspender as funções do app COCOA (Covid-19 Contact Confirming Application) assim como outros detalhes da decisão, disse o ministro.

O app sofreu uma série de erros técnicos, como falha em notificar usuários sobre contato próximo com pessoas infectadas, disse Kono em uma coletiva de imprensa. “Teremos que revisar completamente problemas para usar lições na próxima pandemia”.

O ministro pediu aos usuários que não deletem o COCOA imediatamente, visto que ele espera conduzir uma pesquisa sobre o uso do app.

O app, lançado em junho de 2020, foi baixado mais de 40 milhões de vezes.
Fonte: Portal Mie com Nippon, Jiji

Japão foi o país com mais casos de Covid no mundo entre 18 e 24 de julho, diz OMS

O país registrou um recorde de 209.694 infecções na quarta-feira

O Japão registrou quase um milhão de novos casos de Covid-19 na semana de 18 a 24 de julho, tornando-se o país com mais infecções nesse período em todo o mundo, segundo um relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na quarta-feira (27).

Os maiores números de novos casos entre 18 e 24 de julho foram relatados no Japão (969.068, aumento de 73% em relação à semana anterior), Estados Unidos (860.097, queda de 3%), Alemanha (565.518, queda de 16%), Itália (531.327, queda de 26%) e França (508.620, queda de 27%).

Em relação às mortes por Covid-19 no mesmo período, os maiores números foram registrados nos EUA (2.637, aumento de 3%), Brasil (1.396, queda de 20%), Itália (952, aumento de 21%), Espanha (810, aumento de 33%) e França (737, aumento de 34%).

O Japão relatou 272 mortes nesse período de uma semana.

Em todo o mundo, o número de casos relatados durante a semana de 18 a 24 de julho foi de mais de 6,6 milhões, com 12.600 mortes, segundo a OMS.

O Japão registrou um recorde de 209.694 infecções na quarta-feira, informou a emissora NHK, com 129 mortes e 311 pacientes internados em situação extremamente grave.

Recordes foram relatados em 25 províncias no mesmo dia: Iwate, Fukushima, Yamagata, Niigata, Tochigi, Saitama, Kanagawa, Nagano, Yamanashi, Mie, Hyogo, Quioto, Hiroshima, Okayama, Shiga, Toyama, Ishikawa, Kagawa, Tokushima, Tottori, Yamaguchi, Kagoshima, Miyazaki, Nagasaki e Hokkaido.

A sétima onda de Covid-19 no país está sendo impulsionada pela subvariante BA.5, da família Ômicron, considerada altamente transmissível.
Fonte: Alternativa

Imperador do Japão faz 62 anos e envia mensagem à população: “mantenha a esperança”

“A situação difícil continua”, disse Naruhito referindo-se à pandemia

O imperador japonês Naruhito está completando 62 anos nesta quarta-feira (23) e enviou uma mensagem à população, dizendo às pessoas que mantenham o “fogo de esperança” queimando em seus corações e se apoiem diante dos desafios impostos pela pandemia do coronavírus, informou a agência de notícias Kyodo.

O imperador também disse que se sente grato aos profissionais de saúde e às muitas pessoas que lutam contra a pandemia que já dura dois anos, oferecendo condolências às famílias dos pacientes que morreram de Covid-19.

“A situação difícil continua, mas acredito firmemente que é possível superar esta grave realidade com paciência, cuidando uns dos outros, compartilhando a dor uns dos outros e fazendo esforços para apoiar uns aos outros”, disse Naruhito durante uma entrevista coletiva realizada no Palácio Imperial, em Tóquio, na véspera de seu aniversário.

O discurso de aniversário do imperador, que costuma reunir milhares de pessoas, foi cancelado pela terceira vez consecutiva devido à pandemia.

Durante a coletiva, ele disse que continuará apoiando sua esposa, a imperatriz Masako, 58 anos, que há muito luta contra uma doença induzida pelo estresse.

O imperador disse estar feliz por sua única filha, a princesa Aiko, estudante da Universidade Gakushuin, em Tóquio, ter atingido a maioridade depois de completar 20 anos em dezembro.

“Como membro adulto da família imperial, espero que ela valorizasse e cumpra cada um de seus deveres”, afirmou.

“Embora existam várias tensões entre os países, espero que as interações entre as pessoas possam ir além das fronteiras dos países e regiões, levando a um mundo pacífico onde todos possam se aceitar”, concluiu.

Perfil
Naruhito assumiu o trono em maio de 2019, depois da abdicação de seu pai, Akihito, resultando no fim da era Heisei e início da Reiwa.

Ele é conhecido como um estudioso sincero e um defensor de causas ambientais que cortejou e conquistou a ex-diplomata Masako com a promessa de protegê-la.

Naruhito se tornou não apenas o primeiro imperador japonês nascido após a Segunda Guerra Mundial e o primeiro a ser criado apenas por seus pais, mas também o primeiro a se formar em uma universidade e a realizar estudos avançados no exterior.

Naruhito é o mais velho dos três filhos do casal imperial anterior. Ele foi cuidado por sua mãe, Michiko, em vez de ser criado por enfermeiras e tutores. Ele levava para a escola comida caseira preparada pela mãe, como parte dos esforços dos pais para fazer com que a família real parecesse mais próxima do povo.

Estudante de transporte fluvial medieval europeu, Naruhito passou dois anos na Universidade de Oxford, uma época que descreveu como algumas das melhores fases de sua vida.

Devoção familiar
Naruhito desafiou autoridades do palácio ao se casar com Masako Owada, depois que ela chamou a atenção dele em um concerto, o que levou a um namoro de anos durante o qual ela rejeitou suas primeiras propostas.

No final de 2003, cerca de uma década depois do casamento, ela praticamente desapareceu da vista do público, o início de uma longa luta contra o que os oficiais do palácio chamavam de “desordem de adaptação” causada pela tensão da vida imperial e a pressão para que ela tivesse um herdeiro masculino.

Em um ponto, Naruhito chocou a nação ao defender sua esposa, dizendo que ela tinha “se exaurido totalmente” tentando se ajustar e que tinha “negado sua carreira e sua personalidade”. Seus comentários contundentes atraíram uma repreensão de seu irmão mais novo e observações tristes do então imperador.

Único a se tornar o primeiro imperador japonês nos tempos modernos que não tem um filho homem, Naruhito se dedicou a sua filha Aiko e defendeu que os homens deveriam se tornar pais mais ativos – algo incomum no Japão conservador.
Fonte: Alternativa com Reuters

Japão relaxa medidas de fronteira e também permite entrada de 5 mil passageiros por dia

Atualmente o máximo de entrada permitida é de 3,5 mil pessoas do exterior e com rigor na quarentena, mas vai mudar

Atualmente o número máximo de passageiros do exterior com permissão de entrada no Japão é de 3,5 mil por dia, sendo que a partir de 1.º de março será mudado para 5 mil, incluindo os que vêm com visto pela primeira vez, exceto para aqueles com objetivo de turismo.

Segundo o pronunciamento do Primeiro-Ministro do Japão, Fumio Kishida, às 19h de quinta-feira (17), além de aumentar esse número, permitindo que mais estudantes e trabalhadores entrem, o período de quarentena exigido para o controle da infecção pelo coronavírus será reduzido para 3 dias, sob certas condições.

São a apresentação dos certificados de vacinação (2 doses) e dependendo do país, como para aqueles procedentes de locais com menos risco. Também será necessário apresentar o comprovante de teste negativo do coronavírus, antes da entrada, quando da entrada e 3 dias depois.

Para os passageiros com comprovação de ter recebido as 3 doses da vacina não terá quarentena.

Disse ainda que pretende relaxar as medidas de fronteira de forma gradual.

Japão é um dos países com mais rigor e foi criticado
Por causa desse rigor, o Japão deixou de aceitar a vinda de 150 mil estudantes estrangeiros em um ano, até o final de 2021, informou o secretário-chefe do gabinete, Hirokazu Matsuno, no dia 15.

Kengo Sakurada, diretor da Associação Japonesa de Executivos Corporativos, destacou em uma reunião que a flexibilização das medidas de fronteira foi tardia.

Enfatizou que as atividades corporativas e as políticas econômicas devem ser consideradas na premissa do chamado “with corona”, como fazem outros países desenvolvidos.

“Não há dúvida de que o colapso do sistema médico deve ser evitado, mas não acho que haja uma ligação entre a chegada de pessoas do exterior e a situação de aperto nos hospitais”, criticou Sakurada.
Fonte: Portal Mie com Mainichi, ANN, Asahi e NHK

Veja como será o estado quase emergencial em cada uma das 13 províncias do Japão

A medida começa a valer a partir desta sexta-feira até o dia 13 de fevereiro

Treze províncias entram nesta sexta-feira (21) no estado quase emergencial – ou de medidas prioritárias – para contenção das infecções por coronavírus. A medida valerá até 13 de fevereiro, segundo a NHK.

As 13 províncias são: Tóquio, Saitama, Chiba, Kanagawa, Gunma, Niigata, Aichi, Gifu, Mie, Kagawa, Nagasaki, Kumamoto e Miyazaki.

No total são 16 províncias sob medidas prioritárias, incluindo Okinawa, Yamaguchi e Hiroshima, que já estavam no estado quase emergencial desde o início do ano.

Em princípio os governadores poderão definir lugares da suas províncias para que restaurantes e bares reduzam o horário de funcionamento e suspendam o consumo de álcool. Mas cada província poderá definir as regras conforme suas necessidades locais.

Veja como cada província vai atuar:
Tóquio: o governo metropolitano pedirá aos donos de bares e restaurantes que reduzam o horário comercial a partir desta sexta-feira. Os estabelecimentos certificados poderão escolher o horário de funcionamento: aqueles que servem álcool podem permanecer abertos das 5h às 21h. Aqueles que não servem bebidas alcoólicas devem fechar às 20h.

Os grupos de clientes deverão ser limitados a quatro por mesa, mas poderão ser mais de cinco se todos apresentarem teste negativo para Covid. Mas no caso de locais não certificados ficarão limitados a receber grupos de apenas 4 pessoas.

O governo deverá fornecer subsídio de 25.000 a 200.000 ienes por dia aos que fecharem 21h, e de 30.000 a 200.000 para os que fecharem 20h.

Moradores de Tóquio deverão abster-se de passeios não essenciais e evitar lugares lotados, além de não frequentar restaurantes que não cumpram as medida restritivas.

Saitama: as medidas serão aplicadas em toda a província, com bares e restaurantes, certificados e não, devendo fechar às 20h e não servir álcool. Os estabelecimentos certificados poderão funcionar até 21h.

Não haverá restrição de número de clientes nos estabelecimentos, desde que confirmem registro de vacinação ou testes negativos para o vírus. E os restaurantes e bares poderão servir bebida alcoólica entre 11h e 20h30.

Chiba: os restaurantes e bares certificados não pararão de servir álcool, mas serão solicitados que fechem até 21h. Os que cumprirem a medida poderão receber apoio financeiro.

Os estabelecimentos não certificados serão solicitados a não servir álcool e a fechar até às 20h. Mesmo que cumpram as medidas não terão direito a subsídio.

Grupos de clientes deverão ser limitados a quatro pessoas. No caso de recepções de casamento, mais de cinco serão permitidas por mesa, desde que tenham teste negativo para Covid.

Kanagawa: as medidas serão aplicadas em toda a província, com os locais que servem alimentos e bebidas escolham duas opções: fechar às 21h e parar de servir álcool até 20h, ou ficar aberto até as 20h sem servir álcool.

Os locais não certificados deverão fechar até 20h e não servir álcool.

Os estabelecimentos que seguirem as regras terão apoio financeiro. Os que ficarem abertos até as 21h, receberão de 25.000 a 75.000 ienes, de acordo com suas vendas; os que permanecerem abertos até 20h receberão de 30.000 a 100.000 ienes.

Em caso de recepções de casamento nos estabelecimentos certificados, não haverá limite de participantes se todos testarem negativo no dia da cerimônia.

Eventos de grande escala estarão limitados a 20.000 pessoas.

Gunma: as mediadas valerão para restaurantes, bares e locais de recepção de casamento e karaokês. As empresas deverão escolher entre abrir das 5h às 20h sem servir álcool ou oferecer álcool até 20h e fechar às 21h. As empresas não certificadas poderão operar, mas sem servir álcool.

Serão permitidos grupos de quatro pessoas por mesa.

Os estabelecimentos que cumprirem as medidas, sejam certificadas ou não, terão apoio financeiro. As certificadas receberão de 25.000 a 100.000 ienes por dia, de acordo com suas vendas, e as não certificadas terão direito entre 30.000 a 100.000 ienes por dia. No caso das grandes empresas serão pagos 200.000 ienes por dia quando atenderem as solicitações da província.

Usando os registros de vacinação ou de teste negativo não haverá limite de clientes.

Niigata: mais de 17.000 empresas, entre restaurantes e bares, deverão fechar até 20h sem servir álcool. Porém, os locais certificados poderão servir álcool até 20h e ficar aberto por mais uma hora.

As empresas que cumprirem a solicitação serão apoiadas financeiramente. Subsídios maiores serão pagos aos estabelecimentos que não servem álcool.

Escolas com atividades extracurriculares serão permitidas durante a semana com limite de tempo de 90 minutos. Mas algumas cidades, como Niigata, cancelaram estas atividades nas escolas secundárias.

Além disso, as empresas deverão promover o teletrabalho.

Aichi: as medidas serão aplicadas em 52 municípios. Estabelecimentos certificados que servem alimentos e bebidas poderão ficar abertos até 20h sem servir álcool ou servir álcool até 20h e fechar às 21h. Já os não certificados deverão fechar às 20h sem servir álcool.

A província dará subsídios maiores para estabelecimentos que não servirem álcool. Nas mesas serão permitidos grupos de até 4 pessoas.

Eventos de grande escala, como jogos esportivos, terão até 20.000 pessoas se os planos contra infecções forem confirmados pelo governo. Outros eventos terão limite fixado em 5.000 pessoas.

Escolas deverão escalonar horários ou que os alunos assistam aulas em dias ou horários alternados, além da opção de aulas on-line. E no caso de eventos fora da escola, como excursões, deverão tomar precauções.

Gifu: bares e restaurantes certificados ou não deverão fechar até 20h sem servir álcool. Os que seguirem as solicitações do governo receberão ajuda de 30.000 a 200.000 ienes por dia.

A província não seguirá o programa do governo de uso de registros de vacinação COVID-19 ou resultados negativos de testes para relaxar as restrições sociais.

Mie: as medidas valerão em 24 cidades, fora cinco cidades e vilas do sul da província. Restaurantes e bares certificados deverão funcionar até 21h, podendo servir álcool, ou então fechar às 20h sem servir álcool. Os não certificados fecharão às 20h sem vender álcool.

A província concederá apoio financeiro aos restaurantes que cumprirem as regras. Os pagamentos serão baseados no valor de suas vendas.

Kagawa: oito cidades, incluindo a capital Takamatsu, e seis vilas estarão sob as medidas restritivas. Lá os restaurantes e bares não certificados deverão fechar às 20h e não servir bebida alcoólica. Os certificados poderão servir álcool até 20h e continuar abertos até 21h, ou funcionar até 20h, mas sem servir álcool.

A província dará apoio financeiro para pequenas e médias empresas, certificadas ou não, se cumprirem as medidas. Os estabelecimentos certificados que fecharem às 21h receberão de 25.000 a 75.000 ienes por dia de acordo com suas vendas.

As certificadas que fecharem até 20h e aquelas não certificados receberão de 30.000 a 100.000 ienes por dia. As grandes empresas receberão até 200.000 ienes por dia quando atenderem às solicitações da província.

Nagasaki: as medidas prioritárias valerão para as cidades de Nagasaki e Sasebo. Estabelecimentos de alimentação e bebidas nessas cidades deverão fechar 20h e não servir álcool ao longo do dia.

Os estabelecimentos de pequeno e médio porte que atenderem aos pedidos receberão ajuda de 30.000 a 100.000 ienes por dia. Os grandes receberão 40% das perdas incorridas por atenderem às solicitações. Haverá um teto de 200.000 ienes por dia.

O governo pede que os moradores evitem viajar para fora da província. Jantares estarão limitados a quatro pessoas por mesa em estabelecimentos certificados, com limite de duas horas.

Kumamoto: as medidas valerão para toda a província. Restaurantes e bares certificados poderão permanecer abertos até 21h servindo álcool, ou parar às 20h sem servir bebida alcoólica. O governo pedirá que as empresas não certificadas fechem 20h e parem de servir álcool. Em ambos os casos será concedido apoio financeiro.

Instalações com mais de 1.000 metros quadrados serão solicitadas a limitar o número de visitantes, mas não reduzir o horário de funcionamento.

Miyazaki: as medidas valerão para as cidades de Miyakonojo e Mimata.

A província pediu que estabelecimentos de alimentação e bebidas nos dois municípios fechem até 20h e não sirvam álcool durante todo o dia, mas já contando desde 16 de janeiro.

Os locais que seguirem as regras receberão pagamentos diários de 20.000 com recursos da província. E o governo de Miyazaki poderá oferecer ainda de 30.000 a 200.000 ienes por dia usando fundos do governo central.

Miyazaki não pedirá aos moradores das duas cidades que evitem saídas não necessárias, a menos que seja a trabalho ou para estudo.
Fonte: Alternativa

Japão está com dificuldades para disponibilizar espaço de quarentena

Algumas pessoas foram forçadas a irem de avião para outras áreas no Japão com o propósito de isolamento

Autoridades no Japão estão enfrentando dificuldades em disponibilizar espaço suficiente para pessoas que retornam do exterior. Controles de fronteira rigorosos estão em vigor devido à variante ômicron do coronavírus, mas quartos de hotel para isolamento estão escassos.

Desde a terça-feira (14), somente cidadãos japoneses e residentes estrangeiros que retornam estão tendo entrada permitida ao país. Pessoas que vêm de países e territórios onde casos da variante ômicron foram confirmados devem passar por quarentena de 3 a 10 dias em instalações designadas.

Contudo, as taxas de ocupação de quartos nos dois principais aeroportos internacionais na área de Tóquio aumentaram. Algumas pessoas foram forçadas a irem de avião para outras regiões com o propósito de isolamento.

Yuzuru Kanda é um caso em questão. Ele chegou ao Aeroporto de Narita na terça-feira passada após um voo de 11 horas da Califórnia. Após a aterrissagem ele já voltou para o ar novamente em direção a uma cidade a cerca de 940Km de distância.

“Eles disseram que os hotéis perto de Tóquio estavam todos lotados, então tivemos que ser transferidos para um outro lugar distante. Eles então anunciaram que iríamos para a cidade de Fukuoka. Fiquei chocado. Nunca esperava ser mandado para tão longe”, disse Kanda.

O governo garantiu 13 mil quartos para quarentena. Mesmo assim, dúvidas crescem sobre se isso é suficiente porque muito mais japoneses devem retornar no período de Ano Novo.

Um especialista em virologia disse que a ômicron já encontrou uma via de saída dos controles de fronteira e está se espalhando entre a comunidade.

A variante foi detectada pela primeira vez no Japão há duas semanas na quarentena de aeroporto. Dados mostram que as cepas alpha e delta estavam se espalhando três semanas após detecção.
Fonte: Portal Mie com NHK

Sony para de aceitar pedidos de câmeras digitais por escassez de chips

Outras fabricantes de câmeras também enfrentam dificuldades, enquanto a temporada de feriado se aproxima

O Grupo Sony tomou a incomum medida de não aceitar pedidos de vários tipos de câmeras digitais, revelando uma tendência que abrange a ampla indústria causada pela escassez de chips semicondutores.

Os envios normalmente aumentam em outubro e novembro antes da temporada de compras de fim de ano. Uma falta de peças durante a época de pico de demanda poderia prejudicar ainda mais um mercado de câmera digital que já enfrenta dificuldades na era do smartphone.

A decisão incomum da Sony pode ser explicada por atrasos em componentes de estoque. Para câmeras mirrorless como a Alpha 7 II e a Alpha 6400, a companhia suspendeu pedidos em volume de lojas, e os clientes não podem fazer pré-pedidos em estabelecimentos diretamente gerenciados pela Sony. A companhia pediu desculpas em seu site em japonês na sexta-feira (19).

O site havia alertado em outubro sobre possíveis atrasos nas entregas de câmeras mirrorless, incluindo aquelas lançadas um mês antes. A companhia planeja abrandar a escassez ao focar produção em novos produtos.

Em relação a outras marcas, a Nikon finalmente lançou lentes intercambiáveis em 19 de novembro após adiar o evento por cerca de 1 mês e meio.

A loja digital da Canon indica uma escassez no estoque de uma ampla variedade de câmeras, com a indicação de que a entrega de muitos produtos levará um mês.

Componentes estão em falta devido à pandemia de coronavírus e crescente demanda por produtos digitais.
Fonte: Portal Mie com Asia Nikkei