Em Shibuya, quanto mais exótico, melhor. No bairro japonês, ser diferente é o que importa.
Shibuya, bairro de Tóquio, no Japão, tem o cruzamento mais movimentado do mundo. Em segundos, o número de pessoas nas ruas cresce. Na hora que o sinal abre para os pedestres parece que vai haver uma batalha. Você tem a impressão de que, quando todo mundo se encontrar no meio do cruzamento, não haverá espaço suficiente para todos. Contudo, os japoneses têm a incrível capacidade de desviarem uns dos outros.
O cruzamento fica tão lotado porque é o encontro de cinco ruas e fica bem em frente a uma das estações de trem e metrô mais movimentadas de Tóquio. Ali também fica a estátua de Hachiko, o cachorro que foi parar no cinema.
O filme Hachi conta a história dele, que vai todos os dias à estação esperar o dono voltar para casa. Só que, um dia, o dono morre, mas o fiel amigo segue esperando por ele por vários anos até morrer.
A história verdadeira aconteceu em Shibuya, o que inspirou os moradores a usar a estátua como o lugar onde se marca um encontro em Tóquio. Com tanto público, o bairro virou um lugar para lançar modas.
É possível encontrar cabelos de todas as cores, modelos, só não podem ser comportados. Para completar o visual, óculos, mesmo para quem não precisa, já que eles não têm lentes.
As meninas têm estilo próprio. Roupas bem criativas, lentes de contato rosa e unhas cheias de apliques. São as Shibuya-girls, ou as “garotas de Shibuya”, que tem um item obrigatório: saltos altíssimos. Uma delas até conta que torce o pé toda hora, mas é o esforço para parecer elegante.
Entre os estrangeiros que visitam Tóquio, a foto no meio da multidão é uma lembrança que não pode faltar, como fizeram brasileiros que tinha acabado de chegar e suecos, que foram a caráter para o bairro, vestindo roupa de Pokemon e cabeça cavalo. “Para fazer coisas loucas este é o país”, diz um deles.
Fonte: Jornal Hoje
Viagem para o Japão 